ambiente,
90 seg

Ep. 112 Cristina Branquinho – Projeto AdaptForChange ajuda a preparar a floresta alentejana para as alterações climáticas

April 26, 2017

ep112_interiorProjetar a evolução da área florestal do Alentejo até 2100, identificar as espécies mais resilientes às alterações climáticas, e mapear as zonas ideais para reflorestação, foram alguns dos objetivos do AdaptForChange.


Cristina Branquinho, investigadora do  CE3C – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), desenvolveu este projeto focado em preparar o Alentejo para as alterações climáticas.

Financiado pelo Fundo Português de Carbono (FPC) e pelas EEA Grants, o projeto AdaptForChange tinha como objetivo entender como adaptar as florestas às alterações climáticas, tendo como cenário o ano 2100. “Pensámos que se uma das zonas mais susceptíveis será o Alentejo era importante melhorarmos a maneira como reflorestamos no Alentejo. Tornar a reflorestação mais eficiente, com uma melhor relação custo/benefício para poder tornar também as populações que aí vivem mais resilientes a estas mudanças”, afirma Cristina Branquinho.

“Começámos por olhar para o passado. Sabíamos que o Alentejo mais continental do interior é mais árido que o Alentejo costeiro, e que no interior existe já um historial de aridez que no fundo reflete aquilo que as zonas costeiras vão sofrer no futuro, e que já está a começar a acontecer”, explica.

Para Cristina Branquinho, o foco da sua investigação passou então por transferir o conhecimento sobre as alterações climáticas já registadas nas regiões do interior do Alentejo, para as zonas costeiras. “Estudámos como as reflorestações do passado, que tinham acontecido num gradiente de aridez, se comportavam atualmente. Que benefícios é que elas traziam às populações, quais eram as reflorestações mais benéficas e quais eram as que tinham tido mais sucesso.

Manter e reforçar a floresta nativa de sobreiros e azinheiras é a principal conclusão deste estudo. “Apercebemos-nos que de facto a floresta nativa tanto de sobreiros e azinheiras continua a ser a melhor floresta, a que trás mais benefícios ao ecossistema e ao Homem, que depois consegue retirar benefícios diretos e indiretos a partir dali”, conclui.

Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedIn | ResearcherID | FCUL

Scroll to top