Projeto pretende analisar a tradução de ideias do coreógrafo para os seus colaboradores.
Carla Fernandes é investigadora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH NOVA) e faz investigação na área da Linguística Cognitiva e Estudo do Gesto ligados às artes.
Por que motivo devemos olhar para as artes performativas, ambientes de criatividade e composições coletivas? "Porque até agora os estudos que foram feitos para analisar o comportamento e as tomadas de decisões, seja a nível individual seja em grupo, não incluíam os ambientes de criatividade muito menos de artes performativas”, justifica a investigadora. Foi assim que Carla Fernandes e o grupo de investigação decidiram enfrentar o desafio no seu todo e olhar para os movimentos do corpo inteiro, movimentos estes a que o grupo chama de “Full Body Enactments”, na esperança de que traduzam aquilo que se passa na cabeça do coreógrafo.
Em suma, todo o projeto pretende analisar os dois grandes momentos principais: a tradução de ideias e “conceitos extremamente abstratos e imagéticos de um artista, de um autor, ainda por cima com uma assinatura muito forte, que é traduzido primeiro em palavras para nós quando nos explica o seu trabalho, para os seus colaboradores e para as pessoas que fazem workshops com ele”; e a materialização dessas palavras em corpos num espaço que não o do coreógrafo.
O projeto BlackBox é um projeto financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC – European Research Council), e além de Carla Fernandes, conta com a participação de Stephan Jurgens, Rafael Kuffner, Liz Vahia, Vito Evola, Cláudia Ribeiro, Joanna Skubisz e Ana Rita Fonseca.
Saiba mais sobre a investigadora em: FCSH NOVA | BlackBox
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