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Ep. 232 Raquel Ferreira – Nano partículas aumentam probabilidade de reparação das células dos vasos sanguíneos após AVC

October 12, 2017

ep232_RaquelFerreiraProjeto pretende perceber de que forma ocorre o processo de reparação dos vasos sanguíneos e qual o papel das nano partículas na regeneração das células neuronais imaturas.


Raquel Ferreira é investigadora do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da Universidade da Beira Interior (UBI) e trabalha na área dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

“O meu objetivo é promover a reparação dos vasos sanguíneos que são afetados pelo AVC isquémico, pois estes vasos acabam por funcionar como uma base de sustentação não só de nutrientes e oxigénio ao cérebro, mas também como um suporte físico às células neuronais ainda imaturas que migram nestes vasos para a zona de lesão”, explica a investigadora. Este processo de reparação passa por duas vertentes: a aplicação de biomateriais, “neste caso nano partículas que contém aço retinóico, que é um derivado da vitamina A”; e a reparação de células imaturas, normalmente localizadas na medula óssea, mas que em caso de AVC são mobilizadas para a corrente sanguínea e migram para os vasos afetados pelo acidente vascular cerebral. Apesar de ser enviado um número insuficiente de células imaturas, elas têm a sua capacidade regeneradora em níveis máximos, pelo que o tratamento com nano partículas vai potenciar a esse seu poder de regeneração.

Até agora, Raquel Ferreira e o grupo de investigação conseguiram demonstrar que quando se aplicam as nano partículas sobre células endoteliais – as células que constituem os vasos sanguíneos – “elas morrem menos após um AVC, proliferam mais e também libertam fatores que conseguem promover a capacidade neurogénica de células neuronais imaturas”, indica a investigadora. Assim sendo, as nano partículas conseguem potenciar ou dar maior possibilidade de uma reparação neuronal após isquémia. Por isso mesmo, “pensamos que estamos num bom caminho, para depois aplicar estes conhecimentos no modelo animal da doença”, conclui.

Saiba mais sobre a investigadora em: UBI

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