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Ep. 312 Inês Pádua – Como lidar com as alergias alimentares? Este projeto quer quebrar mitos e educar os profissionais da restauração e da educação

February 01, 2018

ep312_interiorAtravés de um programa de ensino e-learning este projeto pretende incentivar os profissionais dos sectores da restauração e da educação a tomar conhecimento sobre as necessidades das pessoas com alergias alimentares.​


Inês Pádua, investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP) da mesma universidade, desenvolveu este programa com o objectivo de preparar os profissionais destas áreas para lidar com casos de alergia alimentar.

“Cada vez temos mais relatos de casos de alergia alimentar, nós sabemos que de facto a prevalência está a crescer e que os sectores da restauração, da educação, da aviação e a comunidade em si, não estão preparados para lidar com os casos dos doentes com alergia alimentar e com este aumento da prevalência”, alerta.

“Tendo em conta esta problemática decidimos desenvolver este projecto de alergia alimentar na comunidade precisamente para conseguirmos intervir e perceber quais eram as necessidades destes sectores na área da alergia alimentar”, explica.

Este projeto realizou inquéritos sobre o conhecimento das necessidades das pessoas com alergias alimentares junto dos profissionais destas três áreas. Com base nos resultados destes inquéritos, Inês Pádua desenvolveu, para as áreas da restauração e da educação, um curso de formação com base numa plataforma de e-learning.

“Foi disponibilizado um curso com alguns vídeos, estes vídeos eram vídeos com animação que permitiam passar os conceitos de uma forma fácil e apelativa e que as pessoas aprendessem de uma forma rápida. No final deste curso, que teve um total de nove vídeos, aplicávamos um outro questionário para tentarmos perceber se houve de facto um aumento de conhecimentos ou não”, descreve.

Inês Pádua salienta que, embora não fosse obrigatório, este curso contou com um nível elevado de alunos que o concluíram com sucesso. “Tivemos resultados muito positivos. Tivemos um grande número de inscritos e, mesmo o curso tendo uma componente muito livre, e não havendo qualquer tipo de obrigação, muitas das pessoas que se inscreveram acabaram o curso e concluíram-no com sucesso.”

“Percebemos que as pessoas gostaram muito desta iniciativa e que também conseguiram com ela ganhar conhecimento que lhes pode ser muito válido para a sua prática profissional. Inclusivamente disseram-nos que esperavam que houvesse mais iniciativas deste género”, conclui.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | FMUP

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