tecnologia,
90 seg

Ep. 35 Rui Campos – Rede de balões permite levar internet de banda larga a zonas remotas do oceano

January 09, 2017

ep035_interiorO projeto BLUECOM + desenvolveu uma solução de comunicações para o acesso à Internet em banda larga e de baixo custo em zonas remotas do oceano, com recurso a tecnologias de acesso como o Wi-Fi e o 4G.​


Coordenado por Rui Campos, investigador no INESC TEC, este projeto incluiu o desenvolvimento de um protótipo de uma rede de balões dividida entre estações instaladas em terra, e plataformas offshore. Já em fase final, o piloto do BLUECOM+ permitiu aceder à Internet em banda larga numa zona remota do oceano, apresentando-se assim como alternativa às comunicações via satélite.

“Podemos pensar que no mar temos atividades mais tradicionais como o transporte marítimo, a náutica de recreio e as pescas, mas temos também um conjunto de atividades emergentes que estão a aumentar. Nomeadamente, a monitorização ambiental e a exploração de minerais no fundo oceânico que irão exigir cada vez mais a necessidade de comunicações de banda larga”, afirma.

Segundo Rui Campos, o BLUECOM+ surge pela necessidade de termos comunicação de banda larga no mar, em ambientes, sobretudo offshore. Para fazer isso, a equipa de Rui Campos pensou na instalação de um conjunto de estações em terra, que podem ser colocadas em zonas costeiras, como por exemplo em faróis, e estender a cobertura dessas estações terrestres através da utilização de balões que são colocados a elevada altitude e que levam a bordo nós de comunicações, colocados até 120 metros de altura que, segundo o investigador, formam uma “torre de comunicações de elevada altitude” em ambiente marítimo.

Estas estações de elevada altitude podem levar o sinal a partir de terra a grandes distâncias, entre 40 a 50 Km. Isto permite que qualquer utilizador com um simples terminal móvel como um smartphone, um portátil ou um tablet, consiga aceder à internet em alto mar sem ter que fazer qualquer alteração no dispositivo, seja de software ou hardware.

O recurso a balões, além de baixar o custo deste sistema, permite que ele seja usado em operações com um tempo limitado de execução, podendo resistir entre quinze a quarenta dias em alto mar.

Financiado pela EEA Grants, o BLUECOM+ teve a duração de 15 meses. Além do INESC TEC, este projeto tem também como parceiros o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a consultora norueguesa MARLO AS.

Saiba mais sobre o investigador em: LinkedInResearchGate 

Scroll to top