Através de amostras de sangue ou de urina, estes sensores conseguem não só detetar o cancro da próstata, como também dão informação sobre o estado de desenvolvimento do cancro no paciente.
Pedro Estrela, professor na Universidade de Bath (UB) no Reino Unido e diretor do Center for Biosenses, Bioelectronics and Biodevices (C3Bio), desenvolveu este sensor no âmbito do projeto PROSENSE, financiado pela rede Marie Curie.
“Trabalhamos no desenvolvimento de biossensores que medem vários momentos de análise médica e do ambiente, nomeadamente medimos proteínas e ADN em amostras de sangue e de urina mas também amostras de água e de esgotos. Um dos nossos grandes objetivos passa por desenvolver sensores baratos, portáteis que sejam fáceis de utilizar por exemplo para o diagnóstico de cancro”, explica.
No projeto europeu PROSENSE, Pedro Estrela desenvolveu biossensores de baixo custo capazes de detetar marcadores de cancro da próstata no sangue e na urina de forma rápida e com elevados fatores de eficiência. Além de detetar o cancro, estes sensores fornecem também informação detalhada sobre o estádio de desenvolvimento da doença no paciente.
Pedro Estrela espera que dentro de dois anos esta tecnologia esteja já disponível no mercado. “Estamos neste momento a fazer a integração dos sensores com sistemas microfluídicos e eletrónica e fazer toda a parte de packaging para fazer um sensor que seja utilizável pelo médico. Estamos a tentar angariar dinheiro para acabar esse trabalho, portanto pensamos que se tivermos bolsas para desenvolver isto que dentro de um ou dois anos esta tecnologia possa ser utilizada a nível da validação clínica”, revela.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | U. Bath
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