Este modelo vai permitir estudar os mecanismos que levam à agregação de proteínas em doenças como a anemia falciforme.
Nuno Galamba, investigador no Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), está a desenvolver um modelo computacional para estudar o processo de agregação de proteínas na anemia falciforme.
A anemia falciforme é uma doença que está associada a uma mutação na molécula da hemoglobina e que leva a que se formem agregados que depois se transformam em fibras e que distorcem os glóbulos vermelhos causando vários problemas como a anemia.
“No nosso grupo nós estudamos a agregação de proteínas através de modelos computacionais. Basicamente tentamos estudar os mecanismos de agregação de algumas proteínas que estão na génese de doenças, e neste momento uma das principais doenças que estamos a estudar é a anemia falciforme”, conta.
O grupo de Nuno Galamba está a usar estes modelos para estudar os mecanismos de agregação da hemoglobina numa fase ainda muito inicial da doença.
A ideia é localizar zonas da hemoglobina que possam ser atacadas com fármacos capazes de inibir a agregação proteica logo numa fase inicial.
A agregação de proteínas é um fenómeno em que as proteínas tendem a juntar-se e a formar agregados que depois podem crescer de modo a formar fibras.
No caso da anemia falciforme isto ocorre devido a uma mutação na hemoglobina. Esta mutação tem o lado positivo de conferir imunidade à malária, mas tem o lado negativo de levar à agregação de proteínas, o que faz com que as moléculas de hemoglobina se juntem e comecem a crescer para formar fibras.
Com estes modelos Nuno Galamba espera compreender melhor este processo e contribuir para o desenvolvimento de novos tratamentos para esta doença.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | FCUL
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