Está a ser desenvolvido um estudo comparativo entre Portugal e Itália com o objetivo de identificar como as pessoas satisfazem as suas necessidades materiais e imateriais no seu cotidiano.
Patrícia Alves de Matos, investigadora no CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia no ISCTE-IUL e professora no Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH), está a estudar as economias do bem-estar no cotidiano da Europa do Sul.
Este projeto pretende mapear como as pessoas produzem, definem, e procuram criar meios de satisfação das suas necessidades materiais e imateriais na sua economia doméstica.
A ideia fundamental é olhar para aquilo que são definições de bem-estar social a partir de baixo, ou seja, a partir do modo como as pessoas nos seus cotidianos definem o que é o bem-estar, e como esse bem-estar é projetado a nível intergeracional.
O objetivo passa por tentar criar uma noção de bem-estar que vá além das definições quantitativas de bem-estar social que são muitas vezes associadas ao crescimento do PIB ou aos níveis de rendimento de uma dada população.
“Muito embora já tenha havido críticas sobre esta conexão, ela ainda não foi completamente desfeita. Para nós cada vez mais importa caminharmos para uma noção de bem-estar que vá além de um indicador quantitativo, justamente para nos poder permitir pensar, desenhar, planificar, e implementar políticas sociais que vão mais de acordo com aquilo que são as necessidades das pessoas”, revela.
Saiba mais sobre a investigadora em: Google Scholar | NOVA FCSH | ISCTE-IUL | CRIA