Investigadores caracterizaram como estes explanetas se distribuem ao longo de três regiões distintas.
Alexandre Correia, professor no Departamento de Física da Universidade de Coimbra (UC) e investigador do Centro de Física da mesma universidade, está a estudar o comportamento orbital de exoplanetas com massa semelhante à de Neptuno.
Exoplanetas são planetas em torno de outras estrelas que não o Sol. Em particular, existe uma classe específica de exoplanetas chamada de planetas neptunianos, que são planetas com um tamanho próximo do de Neptuno.
Recentemente, foi possível observar que a distribuição desta gama de planetas em relação à distância à estrela não é uniforme.
Por exemplo, em distâncias muito próximas das estrelas, onde um planeta duraria menos de 3 dias a completar uma órbita, não existem praticamente planetas deste tipo. Devido a este fenómeno foi atribuída a esta região a designação de deserto neptuniano.
Já entre 3 e 6 dias de período orbital, existe um grande aumento de concentração do número de planetas da massa de Neptuno, ao qual foi dado o nome de cordilheira, porque separa a zona inferior a 3 dias, onde não existem planetas praticamente nenhuns, o deserto, e a zona acima de 6 dias, onde existem alguns planetas com a massa de Neptuno, mas em menor quantidade, a qual foi chamada de savana.
Acredita-se que a ausência de planetas no deserto neptuniano se deve ao facto destes planetas perderem a atmosfera por estarem muito próximos da estrela, o que leva a que estes percam a sua massa, e deixem apenas um núcleo rochoso do tamanho da Terra ou de uma Superterra.
Os planetas que estão na agora descoberta cordilheira, acredita-se que eles se formaram através de interações com outros planetas no sistema.
Já os planetas na savana, pensa-se que chegaram lá por interações com o disco de planetesimais, o disco de material que existe em torno da estrela no início da formação planetária.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | Google Scholar | CFUC