Com o objetivo de aumentar a disponibilidade de presas selvagens de lobo ibérico, este programa está desde 2013 a reintroduzir populações de Corço nas serras de Arada, Freita e Montemuro.
Rita Torres, investigadora de pós-doutoramento na Unidade de Vida Selvagem do Departamento de Biologia na Universidade de Aveiro (UA), está a desenvolver este projeto em colaboração com a Associação de Conservação de Habitat de Lobo Ibérico.
Para diminuir a predação de gado por parte do lobo, a equipa de Rita Torres realizou a caracterização genética do Corço ibérico de forma a identificar populações com as características ideias para serem reintroduzidas nestas serras.
“Este projeto tem como premissa aumentar a disponibilidade de presas selvagens do lobo que vai permitir diminuir a predação ao gado. Inicialmente desenvolvemos modelos de adequabilidade de habitat onde foram determinadas as melhoras áreas para libertar os animais e posteriormente foi feita a caracterização genética do coçso. Esta caracterização permitiu-nos determinar quais as melhores populações de origem”, explica.
Foram então elaborados protocolos de captura transporte e libertação e desde 2013 que anualmente têm sido libertados animais nas serras de Arada, Freita e Montemuro.
“Uma parte importante deste projecto é que sempre que os animais foram libertados, metade dos animais possuíam colares GPS que nos permitem determinar com exactidão a posição do animal. Esta é uma parte importante do projeto pois vai-nos permitir determinar o sucesso das reintroduções”, acrescenta.
Para Rita Torres, uma parte fundamental do projeto são as sessões de sensibilização pública onde é chamada a atenção das populações locais para o projeto de reintrodução de Corço mas também para a problemática do lobo ibérico.
“Até ao momento os resultados são bastante animadores porque as populações de Corço têm de facto se estabelecido nestas serras e este projecto é já reconhecido como um projecto importante para a conservação do lobo ibérico a sul do rio Douro”, salienta.
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