Estes sensores vão permitir uma medição mais precisa da evolução de saúde dos utilizadores sem recorrer a sistemas de monitorização convencionais.
Hugo Plácido da Silva, investigador no Instituto de Telecomunicações (IT) e professor no Instituto Superior Técnico (IST), participa no projeto Invisibles com o objetivo de desenvolver sensores de monitorização do estado de saúde que possam ser colocados em objetos do quotidiano.
Segundo o investigador, o principal objetivo do projeto Invisibles é quebrar algumas das barreiras que existem atualmente na deteção precoce e na monitorização de estado de saúde de utilizadores no seu quotidiano.
“Historicamente, para alguém ter um diagnóstico de uma patologia era necessário fazer um exame em contexto hospitalar com equipamento especializado e com instrumentos inconvenientes. Hoje em dia, o que se tem visto é a quebra sucessiva de várias dessas barreiras, utilizando equipamentos como um smartwatch para fazer um electrocardiograma de 10 segundos como parte da vida diária de um utilizador”, conta.
O problema é que estes dispositivos, os chamados wearables, têm atualmente uma elevada taxa de abandono, ou porque a pessoa se esquece de o usar, ou porque deixa de fazer as medições ao fim de algum tempo.
Nesse sentido, o projeto Invisibles procura eliminar estas barreiras integrando os sensores em objetos do quotidiano como o teclado de um computador, permitindo assim realizar um electrocardiograma sem nenhum procedimento adicional como uma extensão da atividade diária de cada utilizador.
“Temos este princípio de quebrar barreiras e de promover a deteção precoce, garantindo que alguns problemas que poderiam evoluir para complicações cardíacas graves possam ser detetados de forma atempada”, reforça.
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