Este modelo vai analisar os locais mais propícios a acidentes rodoviários, assim como as suas causas.
Paulo Infante, professor na Universidade de Évora (UÉ) e investigador no Centro de Investigação em Matemática e Aplicações (CIMA), participa no projeto MOPREVIS com o objetivo de desenvolver um modelo de previsão de acidentes para o distrito de Setúbal.
O projeto MOPREVIS está a ser desenvolvido em parceria com o comando territorial da GNR de Setúbal e tem como objetivo principal a redução da sinistralidade grave neste distrito.
Para atingir esse objetivo a equipa de Paulo Infante procurou primeiro encontrar os determinantes de ocorrência dos acidentes, a sua gravidade, e a sua tipologia, para depois conceber um sistema de informação espacial para apoio à tomada a decisão.
Neste projeto foi também traçado o perfil dos intervenientes, não apenas dos condutores, mas também das vítimas. A ideia é desenvolver uma ferramenta digital que seja capaz de incorporar toda esta informação.
Esta ferramenta digital está neste momento a ser testada pela GNR de Setúbal. Através desta plataforma os oficiais da GNR podem usar diferentes variáveis para visualizar o histórico de ocorrência de acidentes num mapa.
“Temos um atlas de mapas de vulnerabilidade para a ocorrência de acidentes. Neste atlas as vias são segmentadas de acordo com um indicador de gravidade concebido por nós. Temos também modelos de previsão para a ocorrência de acidentes por segmentos de estrada de 500 metros para quatro dias”, conta.
Com esta plataforma é possível gerar modelos para identificar quais são as vias de maior gravidade, assim como os locais mais propícios à ocorrência de acidentes.
A GNR poderá depois usar esta informação para desenhar campanhas de prevenção com o objetivo de reduzir a sinistralidade grave nestas zonas.
O projeto MOPREVIS – Modelação e predição de acidentes de viação no distrito de Setúbal é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | UÉ