O objetivo é identificar biomarcadores que possam ser usados para prever a evolução desta doença.
Ana Sofia Ribeiro, investigadora no grupo de Metastização em Cancro do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (UP), está a desenvolver novos métodos de diagnóstico e de monitorização do cancro da mama metastático.
“O cancro da mama é o cancro mais incidente em mulheres e apesar das taxas de sobrevivência serem bastante elevadas, a verdade é que cerca 30% dos doentes vão desenvolver o que nós chamamos de doença metastática”, conta.
Nos últimos cinco anos, o grupo de Ana Sofia Ribeiro tem-se dedicado à investigação do cancro da mama metastático com foco num grupo de cancros que metastizam para o cérebro. Estes cancros são muito agressivos e têm uma elevada taxa de mortalidade.
Atualmente, este grupo está a tentar identificar possíveis biomarcadores que possam ser usados para prever o risco de um doente desenvolver cancro da mama metastático. Estes biomarcadores poderão também ser usados como alvos terapêuticos no desenvolvimento de novas terapias contra esta doença.
Em particular, está a ser estudado o secretoma tumoral, ou seja, tudo aquilo que é libertado pelas células do tumor primário para a corrente sanguínea.
Ana Sofia Ribeiro acredita que o secretoma pode ser uma fonte promissora para identificar biomarcadores que um dia possam permitir a realização de biópsias líquidas, usando apenas uma amostra de sangue do paciente para prever e monitorizar a evolução desta doença nos seus estádios iniciais.
Assim será possível identificar os doentes de maior risco e agir de uma forma mais precoce.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | i3S
Créditos Foto Ana Sofia Ribeiro: Egídio Santos/U.Porto