A computação neuromórfica é uma tecnologia que visa mimetizar a forma como os neurónios e as sinapses funcionam no cérebro humano.
Carlos Rosário, investigador no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), está a estudar as propriedades de materiais que poderão ser usados para desenvolver sistemas de inteligência artificial mais eficientes e com menor gasto energético.
A cada dia que passa surgem novas aplicações que recorrem a sistemas de inteligência artificial. Contudo, a tecnologia atual exige um gasto energético enorme para correr estes sistemas. Neste aspecto, apesar da inteligência artificial se inspirar no cérebro humano para fazer computação, o nosso cérebro continua a ser muito mais eficiente no que diz respeito ao consumo de energia.
A ideia por trás da computação neuromórfica passa assim por conhecer melhor o cérebro, em particular, a forma como os neurónios são interligados por sinapses, e criar neurónios e sinapses artificiais que permitam construir um cérebro artificial usando eletrónica.
Carlos Rosário está a estudar as propriedades físicas dos materiais para perceber como estes dispositivos, os cérebros artificiais, poderão funcionar.
Neste momento, está a ser desenvolvido um projeto que explora novos materiais chamados isoladores topológicos. Estes materiais são isoladores elétricos que não conduzem eletricidade em grande parte do seu volume mas que à superfície funcionam como metais capazes de conduzir eletricidade.
Estes materiais têm propriedades físicas especiais que fazem deles uma boa alternativa para a eletrónica do futuro. Poderão ser usados, por exemplo, para desenvolver novos dispositivos para computação neuromórfica mais eficientes e com um menor gasto energético.
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