Está a ser estudada uma proteína que apresenta uma região flexível capaz de responder a diferentes estímulos externos.
Sandra Macedo Ribeiro, investigadora no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto e vice-diretora do IBMC, está a estudar as propriedades das proteínas de um fungo responsável por infeções hospitalares.
As proteínas têm tradicionalmente uma única estrutura tridimensional bem definida. No entanto, existe um conjunto de proteínas que para além de terem uma estrutura definida apresentam também regiões flexíveis capazes de adotar diferentes formas.
Estas proteínas são alguns dos principais alvos terapêuticos para doenças que afetam humanos e também para o tratamento de infeções.
Compreender a natureza destas proteínas é fundamental para percebermos como as células comunicam entre si e como estas recebem e interpretam sinais externos.
Um exemplo destas proteínas pode ser encontrado numa via de sinalização de um fungo chamado Candida albicans.
Este fungo é responsável por infeções hospitalares em doentes imunodeprimidos, e possui uma proteína chamada Ras1 que tem uma estrutura bem definida e uma região flexível.
O grupo de Sandra Macedo Ribeiro está a estudar esta proteína com o objetivo de desenvolver novas terapias para combater a infeção provocada por este fungo.
Para tal, está a ser estudada a relação desta proteína com a via de sinalização das células do fungo, de forma a perceber como esta interage com outras proteínas e como é que a sua região flexível responde a sinais externos.
Compreender os mecanismos que promovem a flexibilidade desta proteína será útil para identificar potenciais alvos terapêuticos que permitam inibir as infeções provocadas por este fungo.
Saiba mais sobre a investigadora em: Google Scholar | i3S