A retinopatia diabética é uma doença que afeta os pequenos vasos da retina e que pode levar à cegueira.
Gabriela Silva, professora na Nova Medical School (NMS) e investigadora principal no Centro de Estudo de Doenças Crónicas (CEDOC), está a trabalhar no projeto Target, uma iniciativa que tem como objetivo desenvolver novas terapias para tratamento de retinopatia diabética com base em terapia génica.
Este projeto está dividido em duas componentes principais. Na primeira o objetivo passa por compreender quais são os factores que estão envolvidos no desenvolvimento da retinopatia diabética, enquanto a segunda visa o desenvolver abordagens terapêuticas baseadas em terapia génica.
Para tal, Gabriela Silva recorre a um modelo animal de ratinho que reflete a forma como a doença se desenvolve nos seres humanos.
Em estudos prévios foram identificados dois genes cuja sua expressão se encontra desequilibrada nesta doença.
“O que nós fizemos foi tentar equilibrar a expressão destes dois genes, ou seja, diminuir o que é mau e aumentar o que é bom. E verificámos nos nossos ratinhos diabéticos que quando nós administramos esta terapia génica dupla, os aspetos da doença que eram mais comuns como a inflamação da retina, vasos sanguíneos anormais ou com um aspeto deficiente, eram normalizadas e ficavam mais semelhantes a ratinhos que não são diabéticos e que tinham uma retina ótima e funcional”, revela.
Esta terapia já revelou ter resultados bastante promissores no tratamento da retinopatia diabética em modelos animais. É, contudo, ainda necessário um estudo mais alargado antes de esta terapia poder ser estudada em ensaios humanos.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | CEDOC
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