Este grupo de investigação está a estudar como as memórias traumáticas são mantidas ao longo do tempo.
Rosalina Fonseca, investigadora no Centro de Doenças Crónicas (CEDOC) e professora na Nova Medical School (NMS), está a desenvolver um projeto com intuito de perceber quais os fatores que levam ao desenvolvimento de stress pós-traumático.
“Sabemos que existem indivíduos que quando são expostos a uma situação traumática desenvolvem uma síndrome de ansiedade denominada por síndrome de stress pós-traumático. Inicialmente as pessoas têm uma resposta exacerbada à situação traumática em si mas ao longo do tempo vão generalizando essa resposta e vão passando a responder a situações que não estavam associadas ao evento traumático inicial”, conta.
Por exemplo, uma pessoa que foi assaltada por um indivíduo com uma camisola verde poderá no futuro desenvolver uma reação de ansiedade à cor verde, revivendo a memória do trauma sempre que entra em contacto com esta cor.
Com recurso a modelos animais de ratinho, Rosalina Fonseca está a estudar como este processo evolui ao longo do tempo, desde a situação traumática até ao desenvolvimento de ansiedade generalizada.
“Queremos saber quanto tempo é que demoram os indivíduos a mostrarem um fenótipo de ansiedade, e quais são os mecanismos celulares e moleculares que levam a que certos indivíduos desenvolvam síndrome de stress pós-traumático, e outros não”, revela.
O grupo de Rosalina Fonseca está também a estudar a capacidade de prevenção desta síndrome num fármaco usado no contexto de doenças do humor.
A ideia é perceber se este fármaco poderá ser usado em psicoterapia com o intuito de reverter o impacto desta síndrome no paciente.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | CEDOC
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