Estudo sócio-comportamental analisou a forma como o vírus da imunodeficiência humana (VIH) se propaga pelas populações migrantes e pelas comunidades de homens que têm sexo com homens.
Ana Abecassis, investigadora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) da Universidade Nova de Lisboa (UNL), trabalhou neste estudo direcionado para as características sociais e de comportamento que podem constituir fatores de risco na propagação da infeção por VIH.
Denominado de BEST HOPE, este é um projeto europeu que está a ser desenvolvido em Portugal, na Alemanha e na Roménia, com o objetivo de caracterizar a transmissão da infeção por VIH utilizando uma abordagem que combina a análise das sequências genómicas do vírus que infeta os doentes com questionários sócio-comportamentais.
“Esta abordagem permite-nos agrupar os doentes em diferentes grupos consoante o nível de similaridade genética entre as suas estripes virais, e ainda combinar esta análise das sequências do vírus aos doentes com questionários sócio-comportamentais. Isto permite-nos ir um pouco mais a fundo do que a metodologia clássica na caracterização dos fatores que estão a guiar a transmissão da infeção por VIH e assim, tentar guiar um pouco as políticas de prevenção utilizando estes dados”, explica.
Direcionado para os homens que têm sexo com homens e para a população migrante, o estudo BEST HOPE, recorre a questionários sócio-comportamentais específicos para estes grupos de risco uma vez que os fatores que afetam a transmissão da infeção nos homens que têm sexo com homens e na população migrante são bastante diferentes.
Graças ao trabalho realizado no âmbito do BEST HOPE, Ana Abecassis refere que neste momento encontra-se já a iniciar um novo estudo direcionado apenas para a população migrante, com o objetivo de colmatar algumas deficiências do estudo BEST HOPE, de forma a dar continuação ao trabalho que o seu grupo tem vindo a desenvolver.
Saiba mais sobre a investigadora em: LinkedIn | Researchgate | IHMT
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