Este projeto quer conhecer os constrangimentos e os desafios que se colocam à tomada de decisão por parte dos tribunais em casos de ilícitos e de crimes praticados por jovens.
Maria João Carvalho, socióloga e investigadora do CICS.NOVA – Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH), está a estudar a delinquência e a criminalidade de adolescentes e jovens adultos na justiça juvenil e penal em Portugal.
Este estudo tem como objetivo principal perceber o que diferencia a delinquência juvenil praticada por jovens menores de 16 anos da criminalidade de jovens adultos entre os 16 e os 21 anos.
O intuito passa por compreender os constrangimentos e os desafios que se colocam à tomada de decisão por parte dos tribunais desde a fase de inquérito até à fase jurisdicional da aplicação de medidas em função das práticas de ilícitos e de crimes.
Segundo Maria João Carvalho, os resultados preliminares da análise dos processos judiciais apontam para um aumento do envolvimento das novas tecnologias na prática de ilícitos.
“Isto não nos surpreende dado que são instâncias primordiais da socialização nestas idades”, reforça.
Estes resultados preliminares apontam também para uma diversificação na natureza dos factos. Por exemplo, no tempo de pandemia, e em particular durante o confinamento, assistiu-se a um aumento de crimes contra as pessoas, sejam eles agressões ou até homicídios.
Com este estudo Maria João Carvalho espera não só perceber quais as tendências de evolução da delinquência e da criminalidade jovem em Portugal, mas também identificar as áreas e os grupos mais vulneráveis, de forma a delinear um plano de intervenção que permita desviar estes jovens de trajectórias de crime e delinquência.
O estudo “Delinquência e Criminalidade Juvenis na justiça juvenil e penal em Portugal” é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | Google Scholar | CICS.NOVA
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