O objetivo deste projeto é conhecer as diferenças genéticas entre duas espécies de lampreia, e entre as diferentes populações de cada espécie.
Catarina Mateus, investigadora na Universidade de Évora (UÉ) e no MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, está a desenvolver o projeto EVOLAMP com o objetivo de estudar os genes associados à migração em duas espécies de lampreia, a lampreia de rio e a lampreia de riacho.
A lampreia de rio é uma espécie migratória anádroma que necessita de realizar migrações entre o entre o mar e o estuário onde se alimenta, e a água doce onde se reproduz. A lampreia de riacho é uma espécie residente em água doce que passa todo o seu ciclo de vida no mesmo local.
O projeto EVOLAMP pretende identificar os genes que estão associados a estes dois perfis de espécies migradoras e de espécies residentes em água doce, e também quantificar a sua expressão ao longo das várias fases do ciclo de vida destas espécies, nas larvas, no início da metamorfose, nos juvenis, já com a metamorfose completa, e também nos adultos.
Além de incluir várias fases do ciclo de vida vão também ser estudadas populações distribuídas em várias zonas da área de ocorrência destas espécies a nível global. Para isso serão realizadas amostragens em Inglaterra e na Irlanda, porque, em estudos prévios, foi demonstrado que existem diferenças entre as populações que residem na Península Ibérica relativamente às populações do norte da Europa.
Estas diferenças devem-se ao facto das populações existentes na Península Ibérica terem tido mais tempo para se diversificar durante o último período glacial em que o clima do sul da Europa era mais propício à sobrevivência destas espécies do que no norte.
O projeto EVOLAMP irá tentar perceber se existe diferenças a nível da expressão génica entre as diferentes populações do norte e do sul da Europa. Não serão apenas comparadas as diferenças entre estas duas espécies, mas também entre diferentes populações dentro da mesma espécie.
O projeto EVOLAMP – Genomic footprints of the evolution of alternative life histories in lamprey é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre a investigadora em: twitter | Researchgate | MARE | UÉ
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