O osteossarcoma é um tumor ósseo extremamente agressivo que afeta sobretudo crianças e adolescentes. Este tumor representa cerca de 5% dos tumores pediátricos.
Célia Gomes, investigadora no Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), está a desenvolver uma técnica de diagnóstico e tratamento dirigida às metástases pulmonares em pacientes com osteossarcoma.
Para além de ser um tumor que pela sua natureza é muito agressivo, o osteossarcoma tem uma elevada propensão para metastizar para o pulmão e levar à morte do paciente.
Neste projeto está a ser desenvolvida uma ferramenta teragnóstica, uma técnica que junta o diagnóstico e terapêutica dirigida, para tratar as metástases pulmonares do osteossarcoma.
Esta técnica vai usar exossomas, pequenas vesículas que são libertadas em grande quantidade pelas células tumorais e que contêm no seu interior material genético e molecular representativo das células que as produzem.
“Nós pensamos utilizar estas vesiculas como agentes de diagnóstico e também de terapêutica porque elas podem ser facilmente manipuladas. Por exemplo, nós podemos alterar o seu conteúdo ou a sua superfície, para que elas funcionem como veículos de entrega de moléculas a células-alvo”, explica.
Desta forma os exossomas poderão ser usados como Cavalos de Tróia para levar fármacos até ao local do tumor, permitindo um tratamento mais preciso e eficaz contra esta doença.
Para Célia Gomes este projeto representa um avanço nas aplicações biomédicas dos exossomas, que poderá servir de base para a sua exploração como plataformas de teragnóstico para osteossarcoma, e também para outras neoplasias metastáticas, abrindo assim caminho para a medicina de precisão.
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