Estas moléculas permitem transformar um cabelo liso em encaracolado, ou vice-versa, a partir da raiz, e também alterar a sua cor.
Teresa Matamá, investigadora no Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho (UM), participou no desenvolvimento de novas formulações cosméticas que permitem alterar a cor e a forma do cabelo a partir da raiz.
Este estudo começou por procurar as diferenças entre a raiz de um cabelo muito encaracolado e a raiz de um cabelo liso, tendo sido possível observar que 85 genes são expressos de forma diferente nestes dois tipos de cabelo.
Desses 85 genes foram seleccionados cinco que tinham uma maior variedade, o que levou esta equipa a procurar por moléculas bioativas que interagissem com estes genes e que fossem capazes de fazer com que as células isoladas da raiz tivessem uma expressão genética mais semelhante às células da raiz de um cabelo muito encaracolado, ou de um cabelo liso.
Paralelamente foram também estudados compostos bioativos que permitissem alterar, diminuir, ou aumentar a quantidade de melanina que é produzida na raiz e que dá cor ao cabelo.
Foram analisados cerca de 1200 compostos, dos quais sete mostraram ter resultados muito promissores, quatro destinados a alterar a forma do cabelo, e três a alterar a cor.
Estes compostos foram incorporados numa loção capilar e depois foram aplicados no couro cabeludo de voluntários três vezes por semana, durante cinco semanas.
No final do estudo 80% dos voluntários apresentavam alteração na forma do seu cabelo, e 60% tinham alterações de cor. Estas alterações ocorreram no cabelo novo que foi formado durante o período de aplicação.
Neste momento está a ser feito o pedido internacional de patente para proteger estas formulações com o objetivo que as mesmas cheguem ao mercado num futuro próximo.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | UM
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