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Ep. 591 Catarina Pinho – Investigação desenvolve tubo-guia para reparar lesões em nervos do sistema nervoso periférico

April 01, 2019

ep591_interiorEsta investigação desenvolveu um tubo-guia biodegradável para regeneração após lesões de nervos periféricos responsáveis por funções motoras e sensoriais.​


Catarina Pinho, investigadora do Departamento de Engenharia Química da Universidade de Coimbra (UC), participou nesta investigação com o objetivo de desenvolver uma alternativa eficaz e biodegradável para a reparação de nervos após lesão.

“Anualmente há cerca de 300 mil novos casos de lesões em nervos do sistema nervoso periférico que podem vir das mais variadas causas como acidentes rodoviários e até de efeitos secundários de infeções virais. Têm elevada incidência e podem resultar num problema irreversível como por exemplo a perda de locomoção”, explica.

Esta equipa desenvolveu um tubo-guia polimérico, transparente e flexível que pode ser suturado às duas extremidades do nervo e fornecer uma espécie de guia que vai dar apoio às novas fibras nervosas que vão começar a crescer.

O tubo vai guiar o crescimento destas fibras de maneira a que estas possam alcançar a outra extremidade do tubo o mais rapidamente possível, melhorando a qualidade da regeneração do nervo e ajudando à reconexão deste nervo.

Quando a conexão é restabelecida então o nervo volta a ter as funções que tinha antes. Estes nervos podem ser responsáveis pela função motora ou sensorial, ou até mesmo por ambas.

Catarina Pinha está agora focada no desenvolvimento de novos tamanhos e dimensões para este tubo-guia. O objetivo passa pelo desenvolvimento de ensaios pré-clínicos no sentido de fazer chegar esta tecnologia ao mercado.

“Neste momento estamos a investigar novos tamanhos e dimensões, comprimentos e espessuras do tubo para ver se realmente é viável em outros tamanhos para também procedermos a estudos in vitro e in vivo que são necessários para obtenção da marca CE. Esta marca é necessária para qualquer produto ser comercializado na Europa para então, depois de termos essa marca, tentarmos entrar no mercado”, revela.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin

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