O objetivo é tentar identificar marcadores que permitam prever o desenvolvimento desta doença e atuar de forma mais precoce.
Cláudia Almeida, investigadora na NOVA Medical School (NMS) da Universidade Nova de Lisboa (UNL), dedica a sua investigação ao estudo dos processos neuronais que levam ao desenvolvimento da doença de Alzheimer.
“Estamos interessados em perceber como é que a doença de Alzheimer começa, em que neurónios, e porque é que o envelhecimento é necessário para o aparecimento da doença”, conta.
A equipa de Cláudia Almeida está a estudar o tráfego neuronal pois cerca de um terço dos genes associados ao risco do aparecimento desta doença estão associados à regulação das proteínas e das vesículas que existem dentro dos neurónios.
Estes fatores são importantes para o funcionamento dos neurónios e para sua comunicação através das sinapses.
“As sinapses só funcionam bem se as moléculas que são necessárias para este processo estiverem no sítio certo, no momento certo. E nós estamos a estudar como é que estes genes funcionam e como é que eles afetam o funcionamento das sinapses”, acrescenta.
Por outro lado, Cláudia Almeida está também interessada em perceber como os neurónios envelhecem à medida que nós vamos envelhecendo.
Qual é a diferença entre um neurónio de uma pessoa com 65 anos em relação a um neurónio de uma pessoa de 30? Qual é o impacto do envelhecimento para a célula e para o funcionamento das sinapses?
Responder a estas questões irá permitir perceber como a doença de Alzheimer começa e assim, no futuro, desenvolver estratégias que permitam corrigir estes problemas antes que eles se tornem irreversíveis, melhorando o diagnóstico precoce das pessoas que estão em risco de vir a desenvolver esta doença.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | NMS
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