Estes materiais são feitos a partir de nanocelulose e de minerais fibrosos.
Luís Alves, investigador no Centro de investigação de Engenharia de Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF) da Universidade de Coimbra (UC), participa no projeto FilCNF com o objetivo de desenvolver materiais compósitos que possam ser usados como alternativa aos plásticos em embalagens alimentares e electrónica impressa.
A nanocelulose é um biopolímero natural que tem origem na celulose, um dos principais constituintes das paredes celulares das plantas e que é usado como matéria-prima na indústria de produção de papel.
A partir da celulose é possível preparar nanofibras com propriedades biodegradáveis e biocompatíveis. Estas propriedades fazem da nanocelulose uma alternativa interessante ao uso de plástico em embalagens alimentares.
No entanto estes materiais ainda têm um custo elevado de produção. Para contornar este problema a equipa de Luís Alves está a adicionar minerais fibrosos à nanocelulose para produzir um material compósito de baixo custo e capaz de servir de barreira ao vapor de água, garantindo assim uma maior conservação dos alimentos.
As propriedades deste material compósito já foram comprovadas em testes laboratoriais e neste momento o projeto FilCNF está a tentar escalar esta tecnologia produzindo filmes com uma dimensão aproximada à de uma folha de papel A4.
Estes filmes foram já testados em alimentos numa situação real com resultados positivos.
“Tivemos alguns contactos de empresas com potencial interesse nesta tecnologia e estamos nesta fase a tentar encontrar um parceiro que nos ajude a dar o próximo passo que seria a passagem para uma escola piloto já a nível industrial”, revela.
O projeto FilCNF – Composites of nanofibrillated cellulose with clay minerals: a new generation of high performance films é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar
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