Estes azeites são ricos em sabores e aromas que vão desde a cereja, ao abacaxi, ao alperce, à pêra, e até ao maracujá.
Nuno Rodrigues, investigador no Centro de Investigação de Montanha (CIMO) do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), está a desenvolver um estudo que tem como objetivo promover os azeites produzidos a partir de oliveiras centenárias da região de Trás-os-Montes.
“Trás-os-Montes tem um grande património olivícola no entanto nos últimos anos temos visto que as alterações climáticas têm levado à substituição das oliveiras por outras culturas. Isto está a fazer com que percamos um bocadinho da identidade da região e da identidade dos nossos azeites”, explica.
O objetivo deste estudo passa assim por caracterizar os azeites obtidos a partir de oliveiras centenárias no sentido de desenvolver novos produtos e de criar produtos únicos para serem colocados no mercado.
“Nestes quase 10 anos que temos de estudos de oliveiras centenárias temos verificado que os azeites oriundos dessas oliveiras são completamente distintos daquilo que nós temos atualmente no mercado”, revela.
Segundo Nuno Rodrigues, estes azeites são riquíssimos em antioxidantes e em ácidos gordos monoinsaturados, e do ponto de vista sensorial possuem um leque distinto de sabores e de aromas que não são muito comuns de se encontrar no mercado.
Estamos a falar de aromas a cereja, alperce, pêra, e até abacaxi.
“Estes são alguns dos atributos que nós por vezes com sorte conseguimos encontrar. Neste momento estamos a tentar propagar esse tipo de plantas no sentido de as valorizar e de não perdermos a identidade que existe na região e que está preservada há centenas de anos”, reforça.
Nuno Rodrigues espera que ao valorizar estes azeites como produtos premium seja possível promover a conservação das oliveiras centenárias e manter viva a tradição olivícola desta região.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | CIMO
Related Episodes
