Este estudo está a analisar o impacto de nanopartículas de dióxido de titânio e de prata na dourada e na ostra do pacífico.
Cláudia Mieiro, investigadora no CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro (UA), participa no projeto NanoReproTox com o objetivo de estudar o impacto de nanopartículas na reprodução de organismos marinhos.
As nanopartículas de dióxido de titânio e de prata são dois compostos que podem ser encontrados em cosméticos e protetores solares e que podem ter um forte impacto a nível ambiental e da saúde humana.
Nesse sentido foram escolhidos como alvos de estudo a dourada e a ostra do pacífico por serem duas espécies de relevância ecológica e económica.
Este estudo concluiu que estas nanopartículas têm um efeito moderado na reprodução destes organismos. Enquanto na ostra os resultados demonstram que a exposição direta dos seus espermatozóides a estas partículas provoca um desequilíbrio na sua resposta antioxidante, na dourada não houve qualquer alteração no desempenho dos espermatozóides.
Foi também possível verificar que o dióxido de titânio diminui a integridade do DNA dos espermatozóides da ostra, e que a prata reduz a sua mobilidade.
Segundo Cláudia Mieiro, a ostra do pacífico parece ser mais suscetível a estas nanopartículas do que a dourada.
“Atualmente, continuamos a fazer mais investigação sobre este assunto e a tentar ir mais ao pormenor acerca do efeito destas nanopartículas e de outros compostos emergentes na reprodução de organismos aquáticos”, conta.
O projeto NanoReproTox: Desvendando os impactos ecológicos da toxicidade de nanopartículas na reprodução de organismos marinhos é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
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