Este detetor permitirá ao clínico acompanhar em tempo-real o tratamento do seu paciente.
Luís Moutinho, fundador da NU-RISE uma startup sedeada na incubadora de empresas da Universidade de Aveiro (UA), está a desenvolver um detetor de radiação em tempo-real para melhorar o uso de radioterapia no tratamento do cancro.
Um dos grandes desafios na área da radioterapia é perceber o que está a acontecer em tempo-real em termos de entrega de radiação ao paciente. Isto é importante para garantir a segurança dos tratamentos e a sua precisão.
O desafio para a radioterapia passa assim pela automação deste processo e pela integração de diferentes tecnologias.
A NU-RISE surgiu de um projeto de investigação da Universidade Aveiro que teve como objetivo usar um detetor de fibra ótica para detetar a radiação usada em radioterapia de forma a monitorizar o tratamento e dar feedback ao clínico sobre os níveis de radiação que estão a ser entregues ao paciente, e de os comparar com o plano de tratamento.
Esta tecnologia tem por base fibras ópticas cintilantes que permitem traduzir a radiação em luz e processar essa luz.
Após a conclusão deste projeto o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto mostrou interesse em colaborar com a NU-RISE para desenvolver um produto que pudesse ser aplicado em contexto real.
Luís Moutinho realça o desafio que é desenvolver este tipo de sistemas mas mostra-se confiante na capacidade de colocar uma primeira versão deste detetor de radiação no mercado já este ano, quer nos EUA, como na Europa.
Esta primeira versão do produto irá permitir que os clínicos acompanhem o tratamento do seu paciente em tempo-real.
“A ambição da NU-RISE é automatizar este processo e que este seja o sistema mais inteligente dentro de bloco operatório”, reforça.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Nu-rise
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