Este dispositivo médico vai monitorizar em tempo-real a presença de um biomarcador no sangue que é fator de risco para a morte súbita em pacientes com epilepsia.
Carlos Conde, investigador no Laboratório de Divisão Celular e Estabilidade Genómica do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e professor no ICBAS – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, participa no projeto NEUROSENSE com o objetivo de desenvolver um sensor que permita prevenir a morte súbita em pessoas com epilepsia.
A epilepsia é uma doença neurológica que afeta o sistema nervoso central caracterizada por episódios ou por picos de alterações na atividade elétrica do cérebro. Estas alterações provocam convulsões que normalmente duram apenas algum segundos mas que podem chegar a durar vários minutos.
A missão do projeto NEUROSENSE é numa primeira fase perceber porque é que algumas convulsões são fatais e outras não. Depois, essa informação será usada para identificar um biomarcador específico na corrente sanguínea dos pacientes que permita prever se uma convulsão vai ser fatal ou não.
Uma vez identificado esse biomarcador será desenvolvido um sensor que será aplicado sobre a pele e que irá permitir monitorizar de forma contínua e não invasiva as flutuações desse biomarcador no sangue do paciente.
Esta informação será útil para mobilizar as equipas de emergência e aumentar a probabilidade de sobrevivência do paciente após uma convulsão potencialmente fatal.
O projeto NEUROSENSE – NEUROendocrine SENSor for Sudden Unexpected Death in Epilepsy (SUDEP) prediction and prevention é financiado no âmbito do programa Horizon Europe.
Saiba mais sobre o investigador em: twitter | Google Scholar | i3S