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Ep. 1468 Alexandra Brito – Investigação desenvolve modelo para estudar o efeito da agregação proteica em doenças neurodegenerativas

January 11, 2023

A agregação proteica é um processo que pode levar à morte de neurónios e que está associado a doenças neurodegenerativas.


Alexandra Brito, investigadora no 3B’s – Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos da Universidade do Minho (UM), está a desenvolver um modelo para estudar o efeito da agregação proteica em doenças neurodegenerativas.

“Uma das características das doenças neurodegenerativas é um processo que se chama agregação proteica. Esta agregação proteica ocorre quando as proteínas estão-se a formar e acontecem erros nessa formação. Estes erros levam à formação de proteínas que começam a interagir umas com as outras e que formam agregados tóxicos que acabam por matar os neurónios”, explica.

Felizmente, o nosso corpo já tem ferramentas para controlar este processo e uma dessas ferramentas é um mecanismo que se chama glicolisação.

O que este mecanismo faz é adicionar um açúcar a um glicano quando estas proteínas se estão a formar, levando à formação de uma glicoproteína que já não é suscetível a este tipo de agregação, impedindo assim que a agregação proteica ocorra.  

A equipa de Alexandra Brito está a desenvolver um modelo minimalista para de forma sistemática e racional entender qual é o efeito da adição deste açúcar na proteína e na agregação proteica.

Neste momento já foi possível perceber como funciona o processo de agregação proteica usando estes modelos minimalistas.

“Também conseguimos entender qual é o efeito que a adição de açúcar tem nestas agregações proteicas e de que forma ela leva a que as proteínas não sejam capazes de se agregar”, acrescenta.

O próximo passo será testar estes resultados em modelos animais de doenças neurodegenerativas para perceber se é possível usar a glicolisação para controlar o processo de agregação proteica e possivelmente desenvolver uma futura terapia para este tipo de doenças.

Saiba mais sobre a investigadora em: twitter | Researchgate | Google Scholar | 3BS

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