Estas microesferas podem ser combinadas com nanopartículas para criar diferentes aplicações.
Ana Clara Marques, investigadora no Departamento de Engenharia Química do Instituto Superior Técnico (IST) e do Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA), está a desenvolver microesferas à base de plástico biodegradável com aplicação na indústria do calçado e na purificação de águas contaminadas.
“Eu estudo novas formas de obtenção de materiais inteligentes e ecoinovadores que viabilizam novas aplicações como a substituição de matérias-primas nocivas derivadas do petróleo por matérias-primas derivadas de recursos naturais renováveis”, conta.
Com este intuito, Ana Clara Marques criou uma plataforma tecnológica de microencapsulação e imobilização cuja missão é contribuir para o desenvolvimento de produtos sustentáveis em colaboração com a indústria, através do desenvolvimento de microcápsulas e de microesferas porosas customizadas para várias aplicações.
Por exemplo, foram desenvolvidas microcápsulas a partir de plástico bioderivado e biodegradável às quais é adicionada uma cola que permite criar um adesivo de alta qualidade que está a ser utilizado na indústria nacional do calçado.
Estão também a ser desenvolvidas microesferas à base de sílica com uma estrutura parecida à de um coral e que estão a ser utilizadas para purificação de água por ação do sol.
No interior destas microesferas são colocadas nanopartículas fotocatalíticas em águas com contaminantes.
Ao fluir por estas microesferas, a água entra em contacto com estas nanopartículas que, por ação do sol, degradam os contaminantes presentes na água levando assim à sua purificação.
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