A ideia é substituir a areia ou parte do ligante por conchas de ostras na produção de argamassas de revestimento ou de blocos.
Inês Flores-Colen, professora no Instituto Superior Técnico (IST) e investigadora no CERIS – Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade, participa no projeto SHELLTER com o objetivo de estudar o potencial da concha de ostra na valorização de produtos da construção.
Este projeto insere-se numa linha de investigação da economia azul que pretende reutilizar resíduos da produção de ostras e aplicá-los no setor da construção para o desenvolvimento de novos produtos, criando valor e evitando que estes resíduos sejam colocados em aterros ou levados para incineração, reduzindo assim o seu impacto ambiental.
A concha de ostra tem na sua composição um componente importante para o setor da construção que é o carbonato de cálcio. Após processada, a concha de ostra pode ser usada na forma de pó ou em agregados com diferentes granulometrias substituindo a areia ou parte do ligante na produção de argamassas de revestimento e no desenvolvimento de blocos sustentáveis.
O setor da construção é hoje uma das indústrias com maior pegada de carbono. O reaproveitamento de resíduos de outras indústrias para este setor apresenta-se assim como uma via sustentável para reduzir as emissões de carbono associadas à construção.
O projeto SHELLTER – Reuse of aquaculture waste in the development of construction materials está a ser desenvolvido em colaboração com a empresa norueguesa Nofima AS e conta com financiamento das EEA Grants.
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