Este desidratador é todo ele feito a partir de material reutilizado, usando caixas de esferovite, latas de refrigerantes e ventoinhas de computadores.
Lisete Fernandes, investigadora no Centro de Química de Vila Real (CQVR) e técnica superior na Unidade de Microscopia Eletrónica do Centro de Investigação e Desenvolvimento da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), desenvolveu o Sun2Dry, um desidratador de alimentos que funciona a energia solar e que é feito a partir de material reutilizado.
Alinhado com a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, o Sun2Dry foi criado com o objetivo de conjugar a melhoria da oferta nutritiva com o uso de fontes de energia renováveis.
“Começámos por ver que havia uma tendência no mercado para ter cada vez mais desidratadores elétricos à venda em todas as superfícies comerciais. Juntamente com esse fator, vimos que havia também uma série de produtos desidratados embalados que eram produzidos industrialmente. Assim, a partir das soluções que o mercado estava a oferecer, decidimos criar uma solução própria: um desidratador solar de alimentos”, conta.
Surgiu então o Sun2Dry, um desidratador de alimentos criado a partir da utilização de material reutilizado, tendo como base o uso de esferovite de caixas de peixe.
Este desidratador é composto por duas partes, por um painel solar e por uma câmara de secagem. O painel solar é feito a partir de latas de refrigerantes reutilizadas, e todo o sistema é pintado de preto para otimizar a incidência da radiação solar.
O painel solar está associado a ventoinhas de computador reutilizadas que fazem com que o ar quente seja empurrado para dentro da câmara de secagem onde estão os produtos que queremos que sejam desidratados.
Depois, uma segunda ventoinha remove para o exterior a humidade criada pela libertação da água dos alimentos.
Este sistema permite obter alimentos desidratados de uma forma sustentável e eficiente, sem qualquer custo para o utilizador.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | UTAD