O objetivo deste estudo é mudar o paradigma da procriação medicamente assistida, olhando também para a qualidade de saúde do homem e não apenas da da mulher.
Marco Alves, professor no Departamento de Ciências Médicas da Universidade de Aveiro (UA) e investigador principal no Instituto de Biomedicina (IBIMED), está a estudar como a saúde e o estilo de vida afetam a fertilidade masculina.
“Em pleno século XXI ainda existe um certo tabu sobre a fertilidade masculina, ou seja, a culpa normalmente é da mulher. A mulher tem que perder peso para poder aceder aos tratamentos de fertilidade, e é muito seguida na sua condição clínica e hormonal. Já o homem, nem tanto. Aliás, diria até que de maneira nenhuma. Um homem pode ter qualquer índice de massa corporal, ou até problemas endócrinos que não são resolvidos antes de passar para os tratamentos de procriação medicamente assistida”, explica.
Neste sentido, a equipa de Marco Alves pretende contribuir para a necessidade de seguir e avaliar a condição fértil, ou infértil, do homem, e com isso, chegar a uma decisão mais acertada e cientificamente robusta sobre a utilização dos seus gâmetas para a procriação medicamente assistida.
“Pretendemos contribuir decisivamente para a discussão daquilo que é o tratamento do homem e o estudo do homem na infertilidade e contribuir também para o desenvolvimento de técnicas que permitam não selecionar um espermatozóide ao acaso, mas sim com uma robustez técnico-científica que permita reduzir a possibilidade da descendência desenvolver problemas de saúde graves”, revela.
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