Cristais fotónicos são estruturas que permitem manipular e controlar a luz e que podem ser integrados em dispositivos eletrónicos, como chips e sensores.
Pedro Braga Fernandes, investigador no INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, está a estudar a integração de uma estrutura produzida por microalgas em chips e sensores.
“O nosso grupo trabalha em estruturas fotónicas e nós tentamos inspirar-nos na natureza para isso. Eu trabalho com umas microalgas chamadas diatomáceas. Estas diatomáceas produzem à sua volta um exoesqueleto de sílica que tem na sua organização uma estrutura que se assemelha a um cristal fotónico, como aqueles que nós produzimos em sala limpa”, conta.
Estes cristais são produzidos em sala limpa e têm um custo elevado. Como esta microalga é capaz de produzir uma estrutura similar a um cristal fotónico de forma natural, isto significa que ela poderá ser usada para produzir estes cristais de forma mais sustentável e sem ser necessário recorrer a uma sala limpa.
“Existe assim uma facilidade de integração da própria estrutura que a alga produz nas tecnologias que nós mais precisamos, desde biossensores até às tecnologias quânticas”, revela.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | Google Scholar | INL