Ophryotrocha ravarae é o nome desta nova espécie de poliqueta, um organismo marinho semelhante a uma minhoca que vive no fundo do mar e que se alimenta de carcaças de baleias.
Ascensão Ravara, investigadora no CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar e curadora na COBI – Coleção Biológica de Apoio à Investigação do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA), dedica o seu trabalho à taxonomia de poliquetas, anelídeos marinhos semelhantes a minhocas, que habitam no fundo do mar.
O objetivo do seu trabalho passa por identificar, descrever e classificar esses organismos, e inclui também a descrição de espécies novas para a ciência.
Parte das espécies descritas por Ascensão Ravara pertencem ao género Ophryotrocha, que são poliquetas muito pequenas, mas que têm um aparato maxilar e mandibular muito complexo. São organismos oportunistas que ocorrem em grande abundância em carcaças de baleia, que encontramos no fundo do mar.
Estas poliquetas alimentam-se da camada de matéria orgânica e de bactérias que se forma na superfície dos ossos dessas carcaças.
Recentemente, uma investigadora sueca, Helena Wiklund, com quem Ascensão Ravara costuma trabalhar, atribuiu o nome da investigadora portuguesa como epíteto específico de uma espécie nova de Ophryotrocha, a Ophryotrocha ravarae.
Esta espécie foi encontrada recentemente numa carcaça de baleia ao largo da Austrália.
“É uma forma de reconhecimento pelo nosso trabalho em conjunto”, reforça.
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