O lixo espacial é composto por detritos que se encontram em órbita da Terra que foram deixados por satélites e missões espaciais.
Nuno Peixinho, investigador no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IAstro) na Universidade de Coimbra (UC), está a desenvolver um projeto que visa criar um laboratório para estudar o lixo espacial.
Coordenado por Ricardo Gafeira, este laboratório está a ser financiado através de um projeto semente promovido pelo Banco Santander. A ideia é que este laboratório seja integrado no edifício do Espetro-Heliógrafo da Universidade de Coimbra.
O objetivo deste laboratório passa por redirecionar a luz solar para uma sala escura dentro deste edifício onde vão ser colocadas amostras de lixo espacial. Estas amostras vão ter diferentes características, algumas vão ter a forma de cubos, esferas, ou cilindros, e outras vão ser objetos mais correntes como parafusos ou pedaços de metal.
Esta luz será usada para estudar como estes objetos reflectem a luz do Sol. Essa informação vai servir de base para determinar o tamanho e a composição do lixo espacial que se encontra em órbita.
“As imagens que vemos do espaço são apenas o pequeno brilho que o lixo espacial está a refletir, e nós precisamos de saber exatamente o que é que está a acontecer com amostras que estudamos aqui na Terra para podermos no futuro determinar que tipo de detrito é, só pelo brilhozinho do lixo espacial que estamos a ver”, explica.
Assim será possível perceber se o pedaço de lixo espacial que está a ser observado é um parafuso, um bocado de painel solar, ou parte do revestimento térmico.
Estes dados são importantes para determinar o nível de risco que este pedaço de lixo espacial tem, por exemplo, se ele poderá destruir um satélite caso colida com ele.
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