astrofísica,
90 seg

Ep. 1952 Nuno Peixinho – Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra cria laboratório para estudar o lixo espacial

February 18, 2025

O lixo espacial é composto por detritos que se encontram em órbita da Terra que foram deixados por satélites e missões espaciais.


Nuno Peixinho, investigador no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IAstro) na Universidade de Coimbra (UC), está a desenvolver um projeto que visa criar um laboratório para estudar o lixo espacial.

Coordenado por Ricardo Gafeira, este laboratório está a ser financiado através de um projeto semente promovido pelo Banco Santander. A ideia é que este laboratório seja integrado no edifício do Espetro-Heliógrafo da Universidade de Coimbra.

O objetivo deste laboratório passa por redirecionar a luz solar para uma sala escura dentro deste edifício onde vão ser colocadas amostras de lixo espacial. Estas amostras vão ter diferentes características, algumas vão ter a forma de cubos, esferas, ou cilindros, e outras vão ser objetos mais correntes como parafusos ou pedaços de metal.

Esta luz será usada para estudar como estes objetos reflectem a luz do Sol. Essa informação vai servir de base para determinar o tamanho e a composição do lixo espacial que se encontra em órbita.

“As imagens que vemos do espaço são apenas o pequeno brilho que o lixo espacial está a refletir, e nós precisamos de saber exatamente o que é que está a acontecer com amostras que estudamos aqui na Terra para podermos no futuro determinar que tipo de detrito é, só pelo brilhozinho do lixo espacial que estamos a ver”, explica.

Assim será possível perceber se o pedaço de lixo espacial que está a ser observado é um parafuso, um bocado de painel solar, ou parte do revestimento térmico.

Estes dados são importantes para determinar o nível de risco que este pedaço de lixo espacial tem, por exemplo, se ele poderá destruir um satélite caso colida com ele.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | UC | IA

 

Scroll to top