Este sensor permite avaliar o nível de asparagina, um aminoácido associado com a leucemia e cujos níveis se encontram alterados no sangue dos pacientes.
Ana Paula Tavares, investigadora no CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro no Departamento de Química da Universidade de Aveiro (UA), está a desenvolver um sensor colorimétrico para pacientes com leucemia.
Num projeto anterior, a equipa de Ana Paula Tavares estava a estudar métodos para purificar a enzima asparaginase. A asparaginase é uma enzima que interage com a asparagina, um aminoácido cujos níveis se encontram alterados no sangue de pacientes com leucemia.
Ao desenvolver os materiais para purificar a enzima asparaginase, Ana Paula Tavares verificou que um tecido de sílica modificado era muito eficaz na adsorção desta enzima.
Para além disso, quando esta enzima reagia com a asparagina, o tecido mudava de cor.
Atualmente, a asparaginase é usada no tratamento da leucemia para reduzir os níveis de asparagina no sangue dos pacientes.
Isto significa que é possível usar este tecido de sílica modificado como sensor colorimétrico para avaliar os níveis de asparagina no sangue dos pacientes e assim monitorizar a eficácia do tratamento ao longo do tempo.
Embora este sensor não permita uma quantificação precisa da asparagina, ele é capaz de dar indicadores que serão úteis para o acompanhamento do tratamento, e também no diagnóstico inicial da doença.
Esta investigação foi financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
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