A visitação era um instrumento de controle que visava verificar se as regras que regulavam a vida das pessoas no mosteiro eram cumpridas ou não.
Mário Farelo, professor de História Medieval no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (UM) e investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território, está a estudar o que os documentos de visitação dizem sobre as comunidades de Cister na Idade Média.
Este estudo surgiu a partir da descoberta de algumas atas de visitação sobre mosteiros cistercienses em Portugal que não eram conhecidos.
A ideia é valorizar essa informação, estudando-a, editando-a, e convertendo os textos em latim que surgem nessa documentação para a fruição do público.
A partir do estudo destes documentos vai ser possível perceber o que estava a correr menos bem nestes mosteiros e tentar contextualizar essa informação para, por um lado, conhecer melhor as vivências dentro dessas comunidades no final da Idade Média, e por outro lado, para valorizar a informação que essas fontes contêm para o próprio conhecimento dos edifícios nos dias de hoje.
As visitações têm muitas vezes informação sobre a localização dos edifícios e o seu estado de conservação, dados que podem ser muito úteis para os arqueólogos, para os historiadores, e para os museólogos poderem, por exemplo, trabalhar essa informação em visitas guiadas em centros de interpretação.
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