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Ep.1975 Raquel Lucas – Projeto SEPIA estuda as experiências de dor em crianças e adolescentes ao longo do seu desenvolvimento

March 21, 2025

Este estudo está a usar dados de uma coorte de milhares de crianças e adolescentes que foram seguidas ao longo dos últimos dez anos.


Raquel Lucas, investigadora no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), está a desenvolver o projeto SEPIA com o objetivo de estudar as experiências de dor em crianças e adolescentes ao longo do seu crescimento.

“A nossa ideia é seguir os perfis de dor dessas crianças desde os 7 até os seus 18 anos e identificar características-chave dessas mesmas crianças que permitissem predizer a sua evolução, e as suas trajetórias de dor ao longo da infância e da adolescência”, explica.

Com base nisso, foi possível descobrir que as experiências de dor adversa eram relativamente frequentes, sendo que 10 a 20% das crianças e jovens que participaram no estudo reportaram ter dor que tinha elevada duração, elevada frequência, ou impacto nas suas atividades da vida diária, já aos 7 e aos 10 anos.

Os jovens que tinham mais dor aos 7 e aos 10 anos também tinham mais dor depois na adolescência, tanto aos 13 como depois aos 18.

Essas experiências de dor resultavam não apenas do crescimento, mas também de experiências que tinham a ver com o seu contexto psicossocial, como são, por exemplo, a satisfação com a imagem corporal, a exposição a bullying na escola, a adversidade no domicílio, e a função familiar destes jovens.

O projeto SEPIA – Como vivemos a dor no caminho para a vida adulta é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Saiba mais sobre a investigadora em: twitter | Linkedin | Researchgate | Google Scholar | ISPUP

 

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