Estarreja tem no seu concelho o segundo maior complexo químico industrial do país. Apesar do esforço recente de mitigação da contaminação ambiental nesta região, existe um historial de contaminação por metais pesados com possíveis impactos na saúda da população.
Renata Tavares, investigadora no Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC), está a estudar o impacto de contaminantes ambientais na saúde fértil das mulheres em Estarreja.
“Queremos perceber até que ponto a população feminina da área de Estarreja poderá estar afetada pela ação dos contaminantes gerados pela indústria química da região. Com isso queremos tentar perceber até que ponto outros locais em Portugal com o mesmo tipo de contaminação poderão estar a afetar a fertilidade da sua população”, conta.
Em colaboração com o Serviço de Reprodução Humana dos Hospitais da Universidade de Coimbra, a equipa de Renata Tavares vai ter acesso a amostras de gâmetas e de ovócitos de mulheres que serão depois expostos a concentrações variadas de diferentes contaminantes com o intuito de perceber qual o efeito dos mesmos nestas células reprodutivas.
Este estudo terá em consideração todas as normas éticas necessárias para a recolha e o uso destas células.
O objetivo é perceber como a saúde reprodutiva da população de Estarreja está a ser afetada por estes contaminantes, e que medidas devem ser implementadas para a proteger.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | CNC
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