Este projeto tem como casos de estudo uma cooperativa integral em Montemor-o-Novo, e uma cooperativa de poupança e crédito no Equador.
Catarina Mateus, investigadora no DINÂMIA’CET e aluna de doutoramento no ISCTE-IUL, está a estudar as práticas de economia social em zonas rurais na América Latina e na Europa.
“O objetivo do meu doutoramento é encontrar outras formas de pensar sobre o desenvolvimento rural através da prática, olhando para pessoas que estão a fazer algo no terreno”, explica.
Em Portugal, Catarina Mateus está a estudar a cooperativa Minga em Montemor-o-Novo. Trata-se de uma cooperativa integral que abarca vários setores da vida.
No Equador, está a ser estudada uma cooperativa de poupança e crédito. Esta é uma cooperativa familiar e informal que atribuiu créditos dentro da família e que tem também um fundo de saúde e um fundo de veículos que funcionam como seguros.
Segundo Catarina Mateus, as ferramentas que estas cooperativas desenvolvem parecem melhorar a qualidade de vida das pessoas que as integram e são precisamente direcionadas para esse objetivo.
“Neste momento, o desenvolvimento rural está a ser muito pensado através de práticas extrativistas, seja extrativismo a nível mineral, seja extrativismo a nível da agricultura ou mesmo do turismo rural, que também é uma espécie de exploração da cultura local. Mas se olharmos para estas cooperativas, o que elas fazem é gerir os recursos internamente e de uma forma mais autónoma”, acrescenta.
Para a investigadora, incentivar uma forma de pensar o rural centrada em criar boas condições para as pessoas que já lá vivem e não apenas focada em criar riqueza para fora, ou em atrair outras pessoas, poderá ter um efeito mais positivo no desenvolvimento destes territórios e na fixação dos seus cidadãos.
Saiba mais sobre a investigadora em: ISCTE