A eletrorredução de CO2 usa a eletricidade para capturar o dióxido de carbono do ambiente.
Sara Realista, investigadora no Centro de Química Estrutural (CQE) na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), está a desenvolver materiais para a eletrorredução de CO2.
“Nós somos maioritariamente químicos sintéticos e no nosso laboratório sintetizamos moléculas e materiais e depois, através destas moléculas e materiais, fazemos a eletrorredução do CO2”, explica.
Neste laboratório são analisadas as características dos diferentes materiais com vista a identificar aqueles que são mais adequados para a eletrorredução do dióxido de carbono.
Em particular, foram já obtidos resultados na conversão de CO2 em monóxido de carbono, que pode ser usado para a produção de combustíveis à base de hidrogénio, e na preparação de metanol e de etanol, dois produtos com um vasto leque de aplicações industriais.
Estas técnicas de eletrorredução de CO2 poderão ser usadas para reduzir a pegada carbónica das indústrias cimenteiras e do aço.
“Temos tido colaboração com a indústria cimenteira, em particular com a SECIL, para fazer um escalonamento não só dos nossos materiais, mas também da própria eletrorredução”, revela.
O laboratório de Sara Realista está também a colaborar com a Universidade de Cantábria, em Espanha, no sentido de escalar esta tecnologia para que esta possa ser aplicada a nível industrial e assim ajudar a reduzir o dióxido de carbono emitido por estas indústrias.
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