A meteorologia espacial estuda o impacto que a atividade solar tem sobre setores económicos e atividades tecnológicas na Terra.
Teresa Barata, investigadora no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IAstro) da Universidade de Coimbra (UC), está a desenhar uma rede europeia para o ensino da meteorologia espacial no âmbito do projeto SWATNet.
“Não havendo nenhum curso na Europa que desse uma formação específica na área da meteorologia espacial, nós decidimos concorrer a uma bolsa Marie Curie e criámos uma rede de oito universidades para formar os próximos jovens que vão, no fundo, ser os meteorologistas espaciais do futuro”, explica.
Em simultâneo, esta rede procurou dar formação a estes alunos sobre observações solares, uma vez que o sol é a origem de toda esta disciplina científica.
Para esse efeito, foi realizada uma formação no Observatório da Hungria, onde está instalado um telescópio solar de ponta.
Nesta formação, os alunos, doze no total, aprenderam não só a adquirir imagens do sol, mas também a determinar que tipo de imagens podem ser feitas e como estas observações podem melhor ajudar as previsões da meteorologia espacial.
Segundo Teresa Barata, o objetivo deste curso é formar pessoas que não só tenham conhecimento, como também sejam capazes de melhorar os alertas de previsões para, tal como na meteorologia tradicional, possam avisar atempadamente sobre os efeitos que a atividade solar poderá ter nas diferentes tecnologias quer no espaço, como na Terra, que são afetadas por estes fenómenos.
O projeto SWATNet – Space Weather Awareness Training Network é financiado pelo Horizonte 2020 no âmbito de uma bolsa Marie Curie.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | IAstro