A remoção de tecido colorretal é um procedimento cirúrgico associado a doenças como o cancro colorretal, a doença inflamatória intestinal, ou a diverticulite.
Albino Martins, investigador no 3Bs – Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos da Universidade do Minho (UM), está a desenvolver soluções terapêuticas para as complicações resultantes da remoção cirúrgica de tecido colorretal.
Este procedimento cirúrgico aumenta significativamente a morbilidade e a mortalidade dos pacientes, podendo atingir valores de 35% ou mais.
Isto deve-se maioritariamente a complicações na junção das duas extremidades do intestino, a designada anastomose, e estas complicações podem levar a peritonite, a sépsis e, em última instância, à morte do paciente.
Para contrariar o aparecimento e o desenvolvimento destas complicações, a equipa de Albino Martins tem vindo a desenvolver reforços anastomóticos fibrosos que são uma espécie de membrana que funciona como um vedante e que também liberta fármacos que vão controlar a inflamação e os processos infecciosos que podem ocorrer após esta cirurgia.
A segurança e a eficácia deste dispositivo têm sido avaliadas usando células humanas do cólon e através de um modelo animal, que neste caso é o porco, usando uma cirurgia minimamente invasiva.
Os resultados demonstraram que estes sistemas de libertação de fármacos reduzem as complicações pós-operatórias da anastomose colorretal o que poderá reduzir significativamente a morbilidade dos pacientes após a cirurgia.
Este projeto está a ser desenvolvido em colaboração com o cirurgião Pedro Leão do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) da Universidade do Minho.
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