As mutações nesta proteína estão associadas a cancros muito agressivos e metastáticos, para o qual o prognóstico é muito reservado.
Andreia Valente, professora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora no Centro de Química Estrutural (CQE), está a desenvolver novas terapias para o cancro pancreático e colorretal.
A proteína KRAS está presente em cerca de 30% dos cancros e tem particular relevância no cancro pancreático, onde pode ascender aos 95%.
Isto significa que se for possível encontrar um inibidor que previna as mutações nesta proteína, poderemos estar perante uma nova solução terapêutica para este tipo de cancro.
Nesse sentido, esta equipa de investigação está a desenvolver novas moléculas à base de metais. Recentemente foi descoberto um inibidor chamado PMC-79 que contém o metal ruténio e que é capaz de atuar em três das mutações mais comuns da proteína KRAS associadas ao cancro pancreático e ao cancro colorretal.
Esta descoberta levou Andreia Valente a criar a empresa spinoff R-Nuucell em parceria com a investigadora Helena Garcia.
A R-Nuucell está a desenvolver compostos à base de metais para a terapia do cancro com foco no desenvolvimento de compostos para o tratamento de cancros agressivos e metastáticos.
Todos estes compostos assentam numa plataforma comum que usa ruténio e um ligando chamado ciclopentadienil.
Andreia Valente espera que um dos potenciais caminhos para o desenvolvimento deste composto passe pela inclusão do mesmo na linha de produção desta empresa.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | FCUL