Estes sensores vão ajudar o consumidor a perceber qual a qualidade do produto antes de o comprar.
Daniela Correia, investigadora no Centro de Química da Universidade do Minho (UM), está a desenvolver sensores para embalagens inteligentes.
“Nos últimos anos tenho dedicado a minha investigação ao desenvolvimento de uma nova geração de sensores e atuadores mais sustentáveis, com vista ao desenho de sensores óticos, ou seja, sensores que têm a capacidade de mudar de cor face à aplicação de um determinado estímulo, que possam ser impressos, com vista à sua integração em embalagens, denominadas embalagens inteligentes”, conta.
Este tipo de sensores irá permitir monitorizar em tempo real determinados parâmetros, como a variação de temperatura, a humidade, e a pressão, e também detetar a presença de gases, com base na mudança das propriedades óticas do sensor.
Isto é importante, uma vez que irá permitir ao consumidor avaliar a qualidade do produto em tempo real. Por exemplo, o consumidor conseguirá avaliar se o seu produto sofreu algum tipo de impacto mecânico ou então alguma variação da sua condição ou de um fator ambiental.
Os sensores serão desenvolvidos numa primeira fase a partir de uma morfologia bidimensional, com o objetivo de mais tarde escalar esta tecnologia através de técnicas de impressão de serigrafia (ou screen printing), um processo de impressão que usa uma malha esticada num quadro para transferir tinta para um substrato, como tecido, papel ou plástico.
Esta técnica irá permitir a impressão destes sensores nas embalagens, para que estes possam ser avaliados em termos de desempenho.
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