Esta seda está a ser funcionalizada com péptidos osteogénicos e antitumorais.
Albina Franco, investigadora no I3Bs – Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos da Universidade do Minho (UM), está a estudar o uso de proteínas da seda de aranha na regeneração óssea e na prevenção de metástases do osso.
“No I3Bs nós desenvolvemos materiais inovadores, inspirados na natureza, para aplicações em áreas biomédicas. Entre os diferentes materiais que nós usamos, a seda de aranha destaca-se pelas suas propriedades mecânicas, elevada biocompatibilidade, e degradação controlável”, explica.
No âmbito de um projeto recentemente aprovado, estão a ser desenvolvidas terapias personalizadas para prevenir a formação de metástases no osso, utilizando para isso proteínas da seda funcionalizadas com péptidos osteogénicos que promovem a regeneração do osso.
Através da engenharia genética, é possível incluir péptidos nas proteínas da seda. Estes podem ser, por exemplo, péptidos osteogénicos ou péptidos antitumorais.
Por um lado, a seda é uma proteína com características que permitem que esta seja facilmente incorporada com outro tipo de materiais, por outro lado, a inclusão de um péptido osteogénico ou antitumoral, permite funcionalizar esta proteína conferindo-lhe propriedades regenerativas e de proteção contra a formação de metástases.
Neste projeto está a ser usada a proteína MAP1S, uma proteína estrutural da seda de aranha, que confere elevada resistência e elevada capacidade de inclusão de péptidos.
O objetivo passa por conseguir ter um sistema integrado que permita a regeneração do osso, e que ao mesmo tempo impeça o restabelecimento de metástases.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | I3Bs
