ciências do mar,
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Ep. 2123 Filipe Martinho – Investigação identifica hotspots de larvas de peixe no arquipélago dos Açores

November 26, 2025

Este estudo visa identificar as zonas mais relevantes para a fase de desenvolvimento larvar das espécies de peixe presentes nesta região.


Filipe Martinho, professor no Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra (UC) e investigador no Centro de Ecologia Funcional (CFE), identificou pela primeira vez a presença de 23 espécies e seis géneros de larvas de peixe nos Açores.

As ilhas oceânicas são consideradas como hotspots de biodiversidade com um papel muito importante para albergar muitas espécies com interesse de conservação, e também para as pescas.

Os Açores têm quatro ilhas classificadas como reservas da biosfera, Corvo, Graciosa, Flores, e São Jorge, o que faz deste arquipélago uma zona muito importante para a conservação da biodiversidade e para a interação das pessoas com a natureza.

Até recentemente, não havia informação sobre a composição das comunidades de larvas de peixe que existem junto à costa nestas ilhas.

Foi com este objetivo que a equipa de Filipe Martinho desenvolveu este estudo com o intuito de identificar as espécies que ocorrem nestas zonas, qual a sua abundância e se eram ou não já conhecidas naquele local.

Nesta expedição foram identificadas 885 larvas de peixe que apresentaram resultados muito interessantes.

Por exemplo, foram identificadas diferenças na abundância e nas espécies, quer no grupo ocidental, como no grupo central.

“Identificámos um total de 53 taxas pertencentes a 27 famílias. Destas taxas, 34 conseguimos identificar até a espécie”, revela.

No total foram identificadas pela primeira vez nos Açores 23 espécies e seis géneros em estádio larvar.

Ou seja, já se sabia da presença dos adultos destas espécies nestas regiões, mas pela primeira vez foi possível identificar a presença das suas larvas.

“Isto dá um acrescente de conhecimento científico à ocorrência de vários estados de desenvolvimento destas espécies que pode ter um interesse para a sua conservação, ou até mesmo para a sua exploração comercial”, reforça.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Google Scholar | CFE UC

 

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