
Estar informado sobre os impactos e as causas das alterações climáticas é o principal fator que mobiliza os jovens para esta causa.
Jennifer Cunha, investigadora no CIPsi – Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho (UM), está a estudar a agência climática dos adolescentes no âmbito do projeto Não há planeta B.
A agência é a capacidade que cada um de nós tem para controlar o seu próprio comportamento, mas também influenciar o meio que nos rodeia. E no contexto das alterações climáticas, esta capacidade é fundamental: não somos só vítimas das consequências deste fenómeno, mas também podemos agir.
Podemos agir de forma individual, coletiva, ou até influenciando outras pessoas com conhecimento, com recursos, ou até com o poder para agir em nosso nome, quando não está ao nosso alcance fazer alguma coisa sozinho.
Este estudo tem demonstrado que o conhecimento sobre o que são as alterações climáticas tem um forte impacto na agência individual, mas não tanto na influência, e zero na agência coletiva.
Aquilo que de facto tem demonstrado ter mais impacto no desenvolvimento de jovens proativos e agentes de mudança é o conhecimento individual. Ou seja, quanto mais informados estamos sobre as alterações climáticas e sobre os seus impactos, mais ativos somos, quer a nível individual, como coletivo.
Também as crenças de autoeficácia e a confiança que os adolescentes têm, são relevantes para os mobilizar para combater as alterações climáticas.
“Temos obstáculos, mas dentro daquilo que eu consigo fazer, há coisas que estão ao meu alcance. E, portanto, eu também posso contribuir para um futuro mais verde”, demonstra.
O projeto Não há planeta B: Agência climática dos adolescentes é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
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